sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Pelo Brasil... Fortaleza-CE

Iracema é o titulo do personagem principal do romancista fortalezence José de Alencar. E este monumento esta numa das mais belas praias de Fortaleza que leva o nome da estátua. É onde a noite acontece com bares e restaurantes para todos os gostos e bolsos. Para banho a melhor ainda é a do Futuro onde ficamos hospedados no hotel Vila Galé, que em baixa temporada tem preços razoáveis, para um padrão 5 estrelas. A decoração do loby é excelente, os quartos também. Principalmente para nós que sempre precisamos dos famosos conjugados.  Mas a gastronomia deles deixa a desejar, ainda mais que não se tem muita opção ao redor. Os jantares são  sempre temáticos, e pagos por pessoa ou pode-se comer sanduiches no bar da piscina. Fujam do bar da praia, esse sim horroroso. As mesas sempre melecadas da maresia, ok voce esta na praia, mas percebe-se que as mesas não vêem um paninho a tempos, sem falar que o atendimento é ruim.  Em compensação o café da manhã é algo...  Uma variedade incrível de frutas, pães, bolos, etc. Muito bom mesmo!!! Para uma refeição mais descente tivemos que ir a Av. Beira Mar, lá sim a culinária regional agrada e muito.Muitos restaurantes tem show de humor, por ser um atrativo alguns são famosos.   Dica: como a praia do Futuro é distante de tudo, qualquer corridinha de taxi não sai por menos de R$ 25,00, por isso se puder alugue um carro. Nossa ideia era descansar mesmooo, andamos de taxi por tudo. Mas teve seu preço... Não valeu a pena.
Nossa ultima estada por lá ficamos hospedados no bairro Aldeota, o qual tem tudo por perto e nesse caso não precisaríamos de carro, mas na praia do Futuro sem carro simplesmente não dá.
A cidade é limpa, o povo muito hospitaleiro, as praias maravilhosas, mas cuidado com os trombadinhas que estão por toda parte. 
Ao lado as linda falésias em labirintos, no Morro Branco, onde 'fazem aquelas montagens artesanais em vidro com areias coloridas que sempre compramos de lembrança. Por lá também muitas rendeiras com seus trabalhos manuais maravilhosos. Compramos um pacote que  nos levaria até lá e depois para um passeio com almoço na Praia das Fontes no Hotel  das Falésias ,com piscina a beira mar. Por lá pode-se passear de bug,  jegue, ou simplesmente curtir o mar quente e gostoso.  Passamos um dia maravilhoso e diferente, e o bom desses pacotes é que te pegam na porta do hotel, e voce não tem que se preocupar em voltar cansado e dirigir o que  realmente cansa.
Outros passeios que indico:

1) Feirinha da Av. Beira Mar (uma das poucas que realmente são do meu gosto)
2) Dragão do Mar (centro cultural de 30 m2. com Museus, Anfiteatro, oficina de Arte, Planetário, etc aos domingos  free)
3) Catedral de Fortaleza ( a terceira maior do Brasil)
4) Beach Park ( Resort  com  um dos maiores parque aquáticos da América Latina a uns 20 km de Fortaleza)
5) Praias:  Meireles, Futuro, Cumbuco, Lagoinha, Canoa Quebrada.

Realmente nossa estada por lá deixou saudades, um dos lugares mais bonitos em se tratando do litoral que estivemos. Ah nao esqueça de levar muito protetor solar, porque o sol racha literalmente.






sábado, 20 de novembro de 2010

Colonia Sacramento- Uy

Declarada Patrimonio Histórico da Humanidade em 1995, Colonia del Sacramento conserva sua historia no Rio de la Plata. Fundada por Portugueses e disputada durante décadas pelas coroas da Espanha a cidade tornou-se um reduto de estilos arquitetonicos. E a cada pedacinho que se chega é uma descoberta diferente. Não conseguimos sair tão cedo como queríamos de Montevideu, pois passamos no super para levar o famoso doce de leite e alfajores, mas assim mesmo, após 2 horas de viagem por uma estrada relativamente tranquila, chegamos a Colonia.

Não tínhamos muito como nos perder pois a cidade é relativamente pequena. Logo encontramos nosso hotel, que não merece comentários... Iríamos dormir apenas uma noite, então resolvermos encarar. Sempre lembrando que reservar hotel pela Internet, pode sim nos levar a uma grande furada, mas tirando a rinite e sinusite que assolou a todos durante a noite deu para suportar.

A cidade é uma graça, uma mistura de Parati no RJ, com Pirinópolis em GO, mas com suas histórias e seu povo extremamente receptivo, como todo Uruguai, torna-se passagem obrigatória.

Alem dos estilos arquitetonicos, não deixem de visitar:

- Farol : Conseguimos ter uma vista maravilhosa do Rio da Prata e da cidade.
- Porto de Iates: Um Yatch clube maravilhoso.
- Praça dos Touros : Onde haviam as touradas .
- Igreja Matriz: do ano de 1680.
- Teatro do Bastion del Carmem
- Beira mar: Com o por do sol torna-se um espetáculo a parte.
- Rua dos Suspiros: Calle de los Suspiros



Consegue-se visitar praticamente tudo em um único dia. Completamente dispensável a tal Feira de Artesanato, não gostei muito, não sei se é porque geralmente não curto mesmo ou se ela é realmente fraquinha. Mas para quem gosta destas feirinhas pode ser um grande atrativo.

A noite fomos a um restaurante maravilhoso, indicado pelo hotel, pena não me lembrar o nome. Mas ele fica bem no centro logo após a praça principal. Estava muito frio naquela noite, por isso tomamos um vinho e comemos uma massa com carne na parrija, realmente dos Deuses....

Após o Jantar demos uma passadinha no cassino, não entrei porque as crianças não podiam. Fiquei na porta esperando marido com a minha filha mais velha tentarem a sorte. E olha que deram sorte ela ganhou o equivalente a R$ 10,00, mas para uma primeira vez foi uma festa.

Depois de um dia hiper cansativo e a noite fria fomos pra caminha, mal sabíamos o que nos esperava... Acho que por ser uma cidade muito antiga, com imóveis igualmente antigos e no inverno pouco procurada (fomos em outubro, estava começando a esquentar durante o dia), os quartos ficam mais tempo fechados e provavelmente demos o azar de sermos os primeiros a habita-los após um tempo de imvernada. Foi uma noite terrível; espirros, tosses, choramingo das crianças reclamando do cheiro de mofo, etc...

Dia seguinte, outra maratona, fazer chek-out, devolver o carro na locadora e embarcarmos no Buquebus a Buenos Aires.

Montevidéu em família



Rampla Republica del Peru-Pocitos



Chegamos a Montevidéu as 3:00h da manhã, num vôo horroroso pela Tam. Depois de ficarmos esperando por mais de 3 horas, por causa do atraso em Guarulhos, a chuva que nos acompanhou fez o avião parecer uma locomotiva, a todo vapor. Mas pelo menos as crianças não se assustaram, o que nos deixou numa situação mais confortável.

Com todos os inconvenientes, com o atraso, perdemos a locação do carro no aeroporto. Como era tarde só restavam os taxis de luxo para nos levar finalmente ao descanso merecido. E bota luxo nisso, por estarmos em comitiva (5 pessoas), precisamos pegar 2 taxis e fomos todos de Mercedes com motorista de terno e gravata. Um luxo mesmo!!!! Mas claro que isso teve um preço, e bem salgado. Naquela hora da madrugada não tínhamos mais força para pensar na conta extra.

Outro dia, vida nova. Saiu a nuvem negra que pairou por nós no dia anterior. Mesmo tendo ido dormir muito tarde, acordamos cedo, porque tínhamos que ir atrás de outro carro, só depois disso poderíamos nos locomover e enfim passear.

Não posso deixar de dar a dica do nosso hotel. Para quem viaja em grupo igual nós, pai, mãe e 3 filhos, o hotel é fabuloso. HOTEL PUNTA TROUVILLE APART, fica em Pocitos, lugar estritamente residencial, a uma quadra da praia e com tudo perto. Mas o principal para nós foi o quarto conjugado equipado com frigobar, microondas e fogão elétrico. A limpeza do hotel é impecável, o staff excelente e, pasmem, com vaga de garagem inclusa na diária. Café com boa variedade apesar de não ser um local muito espaçoso, mas vale tudo pela hospedagem com preço bem camarada.

Conseguimos finalmente locar um carro e saímos para dar umas voltas pela cidade. Montevidéu continua linda!!!


 Nossa primeira visita seria ao Teatro Sollis, mas lá agora só existem as visitas guiadas em horarios  pré determinados. Desta vez não deu, pois o próximo horário demoraria muito, e isso nos atrasaria para os demais lugares que queríamos visitar. Mas aproveitamos e fomos ver uma exposição de roupas antigas da época das grandes operas, muito bacana.


 Em frente ao teatro está o Peatonal Bacacay, um calçadão só para pedestres com lojas, cafés e tivemos a sorte de encontrarmos uma feira com barracas de livros usados,antiguidades e artesanatos. Bem pertinho esta a Puerta de La Ciudadela que é melhor vista pela Sarandi. Andamos muitooo, para matar as saudades por toda aquela região.

Mais tarde, como não poderia deixar de ser, fomos almoçar no Mercado del Puerto, lugarzinho impressionante... Não só pelas deliciosas e variadas carnes, mas pela arquitetura do lugar. (veja foto abaixo)



A noite fomos ao Shopping Punta Carretas, apreciar as vitrines... Incrível como pagamos muito pelas marcas famosas no Brasil. Não sei se a razão é diferença nos impostos, mas uma calça Dior sairia, com a conversão cambial R$ 200. No Brasil não achamos nem pelo dobro. Enfim, como não era uma viagem para compras e sim passear com a família, me contive ao maximo (hehehe). Jantamos no shopping mesmo, um maravilhoso chivito (parecido com nosso x-salada, mas imenso e acompanhando fritas). Depois de jantar voltamos para o hotel. Descanso merecido, afinal sair com crianças para passeios turísticos torna-se uma tarefa árdua. No dia seguinte teríamos que acordar muito cedo, pelo menos essa seria a intenção, pois iríamos a Colônia del Sacramento.

No próximo post Colonia ....


Atualizada:

A pouco tempo estive em Montevideo, além de rever essa linda cidade, visitamos o Museo Andes 1972. Fica na Calle Rincon, 619, Ciudad Vieja. Não poderia deixar de compartilhar com vocês...



Para quem não sabe sobre a historia que  ficou conhecida como Tragédia dos Andes, onde um avião da Força Aérea Uruguaia transportava 45 passageiros entre eles  integrantes do time de rugby  Uruguaio, amigos e familiares do time.


Devido ao mal tempo e a falta de visibilidade, no trajeto de Mendonça a Santiago (Chile), o piloto fez um calculo errado, ao invés de estar descendo para  Curicó (Chile) estava batendo no pico de 
4.200 Mt na Cordilheira dos Andes.

Só no impacto morreram 12 pessoas, incluindo o piloto, e nos dias que se seguiram apenas 16 sobreviventes de todo grupo restaram

Buscam incessantes foram feitas pelas autoridades Uruguai, Argentina e Chile. 

Nada foi  encontrado dos sobreviventes, que ali ficaram por quase 3 meses onde não tinha água nem alimentos, e com temperaturas negativas e atmosfera baixíssima. 

Para sobreviverem tiveram que improvisar, tirando agua da neve e alimento da carne dos passageiros mortos.

Muito impressionante a historia toda, e todos os registros que estão no museo que foi criado pelo empresario Jorge P.A, que nos recebeu e contou muitos detalhes de cada peca exposta, e de como um jovem destacou-se para saírem de lá.

Vale muito a pena a visita e conhecer como tudo aconteceu...